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Jovem de Ibaté é injustiçada por faculdade federal

Publicada em 14/03/24 às 07:17h - 188 visualizações

por Giliardi Nishihara


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 (Foto: Arquivo pessoal)
Uma jovem Ibateense de 18 anos foi extremamente prejudicada por uma decisão da comissão de verificação de auto declaração que a entrevistou pessoalmente. A universidade disse ao G1 que não comenta o caso. (veja abaixo o posicionamento completo)

A redação da Rádio Ibaté conversou com a jovem Livian Malfará de Mesquita Dias, que cursou o ensino médio em escola pública de Ibaté.

Ela fez sua inscrição no Sisu para a Ufes pelo sistema de cotas se autodeclarando parda e envio os documentos solicitados e também fotos. Viajou até o Espírito com ajuda de uma ação solidária e também deixou seu emprego que acabara de conseguir em virtude da vaga que estava praticamente garantida, tendo assim prejuízos além de psicológicos, também financeiros.

Sua colocação era a de numero 4 nas vagas solicitadas e com esta decisão ela foi desclassificada.

O problema causado é muito maior do que o da perda da vaga. Após a repercussão do caso no portal G1, de projeção nacional, haters estão acusando a garota de ser oportunista por querer a vaga sem ter o devido direito. 

Segundo ela, sua ancestralidade dela vem de pai preto e também avós. Ela conseguiu com a mesma denominação "parda" entrar no financiamento estudantil em uma faculdade particular para não perder de fato a tão sonhada faculdade. Livian é filha de pai negro, mas a banca desconsiderou todos os documentos que ela apresentou e assim apenas considerou a aparência de sua pele. O cabelo e os trações mostram claramente a descendência e ainda existe um exame de DNA comprovante a raiz africana em sua descendência.

Nota da faculdade no portal G1

“A candidata teve sua autodeclaração invalidada, pois não foi identificado em seu fenótipo um conjunto de características que, isoladamente ou em conjunto, a identifique como pessoa negra”, disse o comunicado de indeferimento do pedido de vaga.

Ainda de acordo com a resposta da Ufes ao pedido, “as características fenotípicas como: cor de pele, formato do rosto, espessura dos lábios e do nariz, quando combinados contradizem a percepção social da candidata como pessoa negra”.

O edital da Ufes que determina os critérios para a validação do candidato pardo ressalta que a universidade não considera a ancestralidade como requisito.

“Para a comissão validar o termo de autodeclaração de candidatos(as) às vagas reservadas a pretos(as) e pardos(as) será considerado única e exclusivamente o fenótipo negro (preto ou pardo) como base para análise e validação, excluídas as considerações sobre a ascendência”, diz o documento.






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